Oclusão Dentária

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

terça-feira, 9 de junho de 2009

Imagem em Flash sobre oclusão - em construção

A mesma imagem em flash postada na página inicial. Sobre esse "em construção" do título, entenda: quando eu tiver vontade de mexer novamente com o flash, eu continuo ... pensando bem, creio que ficará assim mesmo, rsss




sábado, 25 de abril de 2009

Desvio mandibular durante a abertura da boca

Abaixo tenho uma demonstração de uma das causas de desvio da mandibula durante a abertura da boca. Observe que neste caso a mandíbula desvia para o lado alterado, que "trava" com a alteração da forma do disco articular. Enquanto o lado normal consegue deslizar para anterior, no lado alterado isso só ocorre após o côndilo "ultrapassar" a alteração presente no disco.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Guia canina e uma interferência Oclusal


Quando o sistema mastigatório atua em harmonia, com o posicionamento e forma correta dos dentes, teremos uma melhor distribuição de forças entre os dentes e as estruturas que suportam estes, além das articulações e músculos, atuando quando devem atuar e relaxando no momento seguinte, permitindo a preservação e mais longevidade à todos os elementos que compõe o sistema.
Sabemos que a ação dos dentes na mastigação não se dá apenas com movimentos verticais simples de abertura e fechamento, mas compreende diversos movimentos laterais e anteriores excursivos que determinam, cada um na sua função, a quebra e trituração dos alimentos, permitindo e facilitando a digestão e absorção final dos alimentos pelo sistema digestório. A "guia canina", demonstrada neste post, compreende um dos movimentos mastigatórios excursivos (existem outras formas de guias laterais e anteriores que demonstrarei aqui outro dia), é importante por permitir que a ação se dê de forma menos danosa para as estruturas dentárias, já que o canino (ou "a presa", como alguns conhecem, e até considerado como sinônimo no dicionário Houaiss) possui raízes mais volumosas e extensas, suportando melhor as forças laterais, mas sobretudo servem como guia, protegendo, nesta fase da mastigação, os dentes posteriores, mais curtos, que suportam melhor forças dirigidas no sentido do seu longo eixo. Por isso, interferências oclusais nos dentes posteriores durante esse movimento podem ocasionar a instabilidade oclusal, com repercussões tanto nos dentes diretamente envolvidos, como em outros à distância, além de poderem ocasionar traumas na articulação têmporo-mandibular (veja uma demonstração aqui).

Veja também na imagem abaixo como restaurações incorretamente realizadas podem ocasionar os traumas descritos acima. Observem que no início temos a guia (no caso representado pela guia canina), permitindo a desoclusão (afastamento) dos dentes posteriores durante os movimentos excursivos. Na demonstração, após uma coroa ser realizada, temos ainda a preservação da guia do lado anteriormente demonstrado, mas a coroa poderá interferir no lado de trabalho oposto, e todos esses movimentos devem ser observados quando realizamos uma restauração com uma simples coroa, ou com uma prótese mais extensa.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sobremordida profunda

Os dentes anteriores não possuem a forma e posição (inclinados para frente) para suportar forças demasiadamente pesadas, mas servem apenas para "guiar" os movimentos para serem triturados pelos dentes posteriores, que recebem as forças em direção ao seu longo eixo, permitindo suportar cargas mais vigorosas. Para que possamos ter essas "guias" é necessário que exista um trespasse entre os dentes, onde os inferiores, localizados por trás dos superiores, deslizarão sobre a superfície posterior dos dentes superiores, servindo como guia para a mastigação.
Em algumas situações, entretanto, podemos ter posicionamentos dos dentes que facilitam a ocorrência de traumas dentários, com repercussão na estrutura dentária ou nos tecidos de suporte dos dentes. Neste caso abaixo temos a demonstração da normalidade, e outro com os dentes inferiores em um “trespasse vertical aumentado ou profundo”, onde a força transmitida será maior devido à distância de deslocamento do dente inferior na superfície do superior. Em alguns casos esse trespasse é tão acentuado que ocorre a irritação da mucosa palatina (céu da boca) pelo trauma ocasionado pelos dentes inferiores durante a mastigação e também ocasionar traumas nos dentes superiores "empurrando-os" para vestibularizar (para frente).
Não é bem a minha praia, longe disso, mas procurei demonstrar o que ocorre, e porque ocorre, com as imagens de duas alavancas, que estão logo abaixo das imagens dos dentes.




Estas alavancas demonstram que mesmo com pesos semelhantes, a maior distância causa mais força sobre o ponto central. Como disse antes, não é minha praia, mas veja os exemplos, e se também desejar fazer os testes (muito legal, aliás), vá no link clicando aqui.



terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Trauma Oclusal e por escova de dentes

A imagem abaixo representa uma mastigação normal, onde os dentes inferiores deslizam sobre a superfície posterior do dentes superiores, até a "parada final", quando, normalmente, há um pequeno espaço separando-os. A presença desse espaço quando fechamos a boca é devido a um fator que determina a "proteção mútua", isto é, quando os dentes posteriores estão se tocando, os anteriores deverão estar desocluidos. Quando os anteriores se tocam, como no momento em que estamos cortando os alimentos, são os posteriores que devem se manter em desoclusão. Isso tudo, claro, em uma oclusão ideal.




Já nos casos onde ocorre algum tipo de desarmonia oclusal, as conseqüências advindas disso serão dependentes da tolerância estrutural de cada elemento que compõe e participa da mastigação, e as imagens abaixo representam os traumas e suas possíveis conseqüências nos dentes e suas estruturas de suporte. Traumas na ATM (articulação têmporo-mandibular, localizada perto do ouvido) você poderá ver na imagem abaixo.

Esta imagem abaixo demonstra uma conseqüência possível, que poderá se dar com um pequeno desgaste da parte anterior da raiz. Gosto de explicar esses casos aos meus pacientes citando um exemplo bem simples e facilmente compreensível: a de um pilar de concreto fixo em uma base muito resistente, e recebendo um esforço além do que é capaz de suportar. Quer dizer, a base é mais resistente que o pilar. Nesse caso o que ocorreria? O resultado da força seria dirigido imediatamente acima da base, e parte do "concreto" se desprenderia do pilar. É mais ou menos isso o que ocorre com as raízes dos dentes quando o osso que os sustentam tem grande resistência estrutural.
Amplie a imagem abaixo e veja a raiz do incisivo superior para entender melhor.


Esse tipo de perda da estrutura dentária está também muito associada à traumas pelo uso inadequado da escova. Recessão da gengiva e brilho das raízes expostas são característicos de trauma por escovação incorreta (Clique na imagem para ampliar e ver um exemplo: ).
Este paciente, dentista, percebeu durante a sua graduação, que realizava a escovação incorretamente. Ao passar a escovar corretamente os dentes a recessão estabilizou no nível observado agora na imagem. Como a causa foi removida ao melhorar a técnica de escovação, a minha conduta no caso foi apenas reiterar o observado por ele, e acompanhar em consultas anuais para ver se o quadro se mantém como está hoje.

Na imagem abaixo temos o caso onde a estrutura comprometida é o osso alveolar, osso que circunda e sustenta os dentes. Quando este tem uma espessura e resistência inadequadas, poderá sofrer as conseqüências do trauma oclusal. Pode estar também associada à escovação incorreta dos dentes, com força em demasia e/ou uso de escovas inadequadas. Os autores afirmam que essa perda óssea deve sempre estar acompanhada da presença da placa bacteriana, mas esse assunto é pra outra conversa, não aqui.



Nesta última imagem temos o caso em que as outras estruturas têm resistência e o trauma oclusal ocasiona o desgaste dos dentes. Nesses casos os dentes se desgastam e, em constante extrusão (erupção contínua), continuam a apresentar o desgaste da coroa. Esses casos de desgaste dos dentes são comuns em pessoas que tem o hábito de ranger os dentes, e o contato anormal posterior pode ser até o desencadeador desse hábito.





Embora isso não se dê em todos os casos, é muito comum, como demonstrado nessas imagens, que os dentes anteriores apenas repercutam traumas localizados na região posterior, e mais de um dos exemplos acima podem estar presentes em um ou mais dentes de um mesmo indivíduo. Já observei alguns casos de pacientes com dor em dentes anteriores, aparentemente de origem desconhecida, e não detectadas anteriormente, que têm seu problema resolvido com um simples ajuste nos dentes posteriores.

Trauma Oclusal - 02

Abertura normal com o deslize do côndilo (em azul) na eminência articular (em laranja).
Na imagem abaixo temos a representação de uma normalidade.




A imagem abaixo é uma representação do que os contatos prematuros podem ocasionar, patologias não só nos dentes envolvidos, mas à distância, na ATM (articulação têmporo-mandibular)e em dentes não envolvidos diretamente no trauma primário.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caso Clínico

Este caso foi realizado em apenas uma consulta. Paciente com perda de estrutura dentária dos incisivos superiores em decorrência de um desvio da mandíbula (arco inferior) para anterior devido a um contato prematuro na região posterior. Observe que mesmo com os dentes superiores estando gastos, não há espaço entre eles e os inferiores durante a oclusão. Isso impossibilita uma restauração sem que apenas eles acabem em contato.





Foi feito o desgaste do contato prematuro posterior, permitindo à mandíbula (arcada inferior), um posicionamento mais "relaxado" e ligamentar (sem a ação de músculos - ih, explicar isso é longo, hehehe) mais relaxada, permitindo a formação do espaço na região anterior. Criado o espaço, foi possível realizar a reconstrução dos dentes ântero-superiores como observado nas imagens abaixo. A coroa clínica ainda está menor, bem menor do que seria indicado esteticamente, mas para aumentá-las seria necessário aumentar todos os outros dentes superiores, o que não foi desejado pela paciente. Se observarmos bem está bem melhor do que era, além de termos removido o trauma, o que preservará os dentes reconstruídos. Não ficou como eu desejaria, mas, por exemplo,  para aumentar a coroa clínica teríamos que realizar cirurgias gengivais ou o aumento de todos os dentes de pelo menos um dos arcos. Neste caso nem cheguei a planejar o que seria indicado para este caso, já que sabia da impossibilidade da paciente realizá-lo.